Austrália | ||
Bonita por Natureza | ||
A Austrália é um dos países mais fascinantes do mundo. Mescla modernidade e natureza em doses muito bem equilibradas. O país é organizado, seguro, multicultural e com excelente infraestrutura turística. Chegar lá não é fácil: são 20 horas de voo desde o Brasil. Mas o esforço de atravessar o globo será recompensado, especialmente se você optar por este roteiro que nós sugerimos para quem visita o país pela primeira vez e inclui as cidades mais vibrantes, Sydney e Melbourne, as belezas da Grande Barreira de Corais Australiana em Cairns e o encanto do Outback sagrado em Ayers Rock. A cereja de bolo é a Tasmânia, a ilha-estado ao sul da Austrália cheia de incríveis paisagens de praias e montanhas. | ||
Sydney | ||
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Sydney é a uma das maiores e mais animadas cidades da Austrália. Com cerca de quatro milhões de habitantes, cresceu em torno de extensa e bela baía. Tem praias de areia branca e astral que faz lembrar o Rio de Janeiro, mas sem as mazelas da violência. Sydney é seguríssima e considerada uma das melhores cidades do mundo para se viver. |
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Para admirar a beleza da cidade, vale fazer tour de barco com empresas que operam em sistema hop on hop off, em que você pode descer nas atrações que quiser e embarcar novamente pagando apenas um ticket. Nesse esquema, você pode conhecer o Zoológico Taronga e o Darling Harbour, centro de entretenimento com museu de cera Madame Tussauds e cinema iMax. Para curtir o visual das alturas, siga para a Sydney Tower, torre de 250 metros de altura que oferece vista panorâmica de 360o. ; ou então, para a própria Harbour Bridge, onde é oferecido o passeio Climb Bridge. Consiste em escalar a ponte, preso por cabos até a parte mais alta da estrutura. Pena que não dá para tirar selfie, pois não é permitido levar celulares nesse passeio. Já para conhecer as praias de Sydney, há dois lugares clássicos: Bondi e Manly. Esta última (a meia hora de ferry boat de Circular Quay) é a mais agitada, point de surfistas e de clima bem brasileiro. É a Copacabana de Sydney. Caminhando para o lado direito da orla, chega-se a pequena e charmosa praia de Shelly Beach, onde é legal fazer mergulho com snorkel. Bondi, por sua vez, é mais chique e sossegada, com restaurantes e cafés frequentados por gente bonita (uma espécie de Ipanema talvez). |
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Cairns | ||
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Convém tomar lugar na janelinha do avião para ir a Cairns. Assim será possível ver do alto a Grande Barreira de Corais, a muralha subaquática de recifes sob o mar azulado transparente do Oceano Pacífico que circunda boa parte da costa australiana (tem 2.100 km de extensão!). Cairns é a melhor base para explorar as belezas da Grande Barreira de Corais e, justamente por isso, é a segunda cidade mais visitada da Austrália (só perde para Sydney). Fica no extremo norte da Costa Leste. Da cidade partem barcos que levam para o mergulho nos arrecifes. Os mais tradicionais são os passeios de um dia, que dão a possibilidade de fazer snorkeling e nadar entre peixes e tartarugas. A Grande Barreira é um dos melhores lugares do mundo para mergulhar, por conta da transparência da água e da abundância de vida marinha. Mesmo quem não mergulha com cilindro costuma se deslumbrar com os jardins submersos. Quem pretende curtir a Grande Barreira de forma mais intensa, tem opção de pernoitar em barcos de cruzeiro, que visitam diversas ilhas e oferecem mergulhos com cilindro. Ou então, fazer sobrevoo em pequenos aviões ou helicópteros sobre os arrecifes. Muitos dos passeios de barco para a Grande barreira incluem uma parada em Mossman Gorge, floresta tropical que é a segunda maior do mundo, só atrás da Amazônia, e que fica pertinho da costa. É outro importante quintal de atividades ecológicas na região. Em Mossman Gorge, há trekkings para cachoeiras, cavalgadas na mata e até voo em balão sobre a floresta. Já a cidade de Cairns é dominada por tremendo alto-astral, com músicos de rua, pessoas na praia (é artificial, mas tudo bem) e muitos restaurantes com mesas nas calçadas. Faz bastante calor em Cairns, bem mais do que em Sydney, e sua vocação ecológica é um convite para a vida ao ar-livre. Vale reservar um tempo para ir ao Night Market, mercado no centrinho que vende artesanatos e produtos asiáticos. Muitas ilhas na Grande Barreira de Corais abrigam resorts luxuosos, nos quais os arrecifes podem ser alcançados a nado, como o célebre One&Only Resort que ocupa com exclusividade a Hayman Island, no arquipélago de Whitsundays. | ||
Melbourne | ||
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Melbourne disputa com Sydney o posto de melhor cidade australiana para se viver. É considerada a capital cultural da Austrália, com inúmeros museus, teatros e lojas de moda vanguardista, exibe o charme da arquitetura européia. A Federation Square é o principal ponto de encontro dos turistas. É cercada de bares e museus, como o Australian Center for Contemporary Art (ACCA) e a National Gallery. No centro, vale caminhar pela Gertrude Street e na bela Royal Arcade, uma galeria de 1870. A novidade na cidade fica por conta da Melbourne Star, a montanha-russa panorâmica instalada no Waterfront em 2016. Com mais tempo, a dica é conhecer os bairros étnicos, como Chinatown e o divertido Fitzroy, cujas ruas são cheias de grafites coloridos. Melbourne é ponto de partida para quem vai percorrer a famosa Great Ocean Road, uma das mais belas estradas litorâneas do mundo, com 288 km de extensão e que leva aos Doze Apóstolos, aquelas gigantescas rochas de até 70 metros de altura na beira do mar e que foram esculpidas pela água e pelos ventos ao longo de milhares de anos. |
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Ayers Rock | ||
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A maioria das viagens para a Austrália tem os roteiros concentrados quase sempre no litoral, o que é compreensível já que são cerca de 12.500 km de costa. Mas, dizem por lá, só é possível entender a verdadeira alma australiana visitando o Outback, o interior do país, famoso pelas montanhas sagradas do Red Centre (Centro Vermelho). Alice Springs é a porta de entrada para conhecer a região central da Austrália, onde o vermelho intenso do deserto guarda locais sagrados da cultura aborígine, como o Parque Nacional de Uluru-Kata Tjuta, a 461 km de Alice Springs, também conhecido como Ayers Rock. Trata-se de um monólito, com 348 metros de altura e 9km de diâmetro, esculpido ao longo de 600 milhões de anos, que paira como um gigante a proteger as belezas do deserto australiano. É formado por fendas, poços dágua e cavernas cujas paredes estão cheias de pinturas rupestres. Impressiona a capacidade de mudar de cor deste imenso bloco de arenito que, a cada hora do dia, pode adquirir tons violeta, laranja, marrom e vermelho. Cerca de 400 mil turistas visitam Ayers Rock todos os anos, sempre que possível ao amanhecer ou no entardecer, quando a beleza do cenário é ainda mais emocionante. Muitos nem sabem, porém, que o lugar se chama, na realidade, Uluru, nome dado pelos aborígines locais nos anos de 1980, quando o governo devolveu aquelas terras ao povo nativo. | ||
Tasmânia | ||
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A Tasmânia é uma curiosa ilha em formato de coração ao sul da costa australiana, com tamanho pouco maior do que o estado do Rio de Janeiro e apenas 500 mil habitantes. Mesmo com pequenas proporções, guarda belezas naturais sem tamanho. Tem praias de areias brancas, montanhas nevadas, lagos de águas cristalinas e litoral escarpado. Um terço de toda a área da Tasmânia é tomada por parques nacionais. No resto do mundo, a ilha ficou conhecida graças ao personagem Taz, dos desenhos animados da Warner Bros, representação lúdica do demônio da Tasmânia, bicho temperamental e com dentes afiados que habita a região. | ||
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Hobart é a capital, cidade que respira história, fundada em 1804 é a segunda mais antiga da Austrália. Os britânicos fizeram dela uma colônia penal, para onde levavam bandidos e assassinos expulsos da Grã-Bretanha. A 20 minutos de carro da cidade fica a vila de Richmond, onde estão algumas ruínas de prisões daquela época. Há muito o que ver pelos arredores. Na ilha de Painted Cliffs, estão os célebres paredões costeiros multicoloridos. A 200km ao norte, em Launceston, estão as melhores vinícolas da região. Na costa leste, a 254km de Hobart, surgem as mais belas praias da ilha, em St. Helens, cujo mar limpo e cristalino não faz feio nem para o mar do Taiti. Já a região sudoeste do país é bem mais remota. Lá está o parque nacional Southwest National Park, o maior da Tasmânia, que cobre 20% de toda a área da ilha e se interliga a outros cinco parques, entre eles, o Cradle Mountain National Park, onde está a Overland Track, a mais famosa trilha da Austrália, que atravessa florestas tropicais e atrai por ano cerca de dez mil aventureiros. O percurso de 82 km liga os parques de Cradle Mountain a St. Clair Lake. Já na ponta sul da Tasmânia fica a pequena Macquarie Island, uma das portas de entrada para a Antártica. Fica a apenas 2 mil quilômetros do continente gelado. É habitada por pinguins e leões marinhos e pode ser visitada apenas no verão, quando a temperatura, em dias quentes chega aos 8º.C |
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