A Aurora Boreal, fenômeno celeste mais impressionante do planeta, pode ser avistado com certa facilidade em uma região do Canadá perto do Alasca. A cidade de Whitehorse é a mais bem preparada para receber os visitantes que chegam de todas as partes do mundo para testemunhar as luzes coloridas que dançam nos céus do hemisfério norte. Chegar lá não é muito fácil.

Do Brasil, são três voos e duas cone...xões. Mas a longa viagem é recompensada com uma experiência inesquecível. Nos meses mais frios do ano, quando a temperatura no norte canadense chega facilmente nos -20o.C, a aurora boreal é quase constante nas madrugadas geladas. A região do Alasca e do noroeste canadense, onde está Whitehorse, é o melhor lugar do mundo para ver esse impressionante fenômeno celeste. A ciência explica a mágica: as luzes que colorem os céus são provocadas por gases despejados no espaço interplanetário pelo Sol que, ao entrar em contato com a atmosfera da Terra, provocam a luminescência parecido ao de uma lâmpada de néon. As cores vão do verde, amarelo ao vermelho, esta última bem mais rara de acontecer. Para ver a aurora é preciso afastar-se das luzes da cidade e seguir para a zona rural de Whitehorse, geralmente casas de campo ou acampamentos que ficam a poucos minutos do centro. A vigília acontece ao pé da fogueira, com canecas de chocolate quente e marshmallow derretido. Há gente de todas as nacionalidades nessas vigílias e é incrível a troca de experiências. O horário de maior frequência de aparições de auroras são entre 23h e 3h da madrugada. Já durante o dia, os passeios em Whitehorse acontecem em motos de neve (snowmobil) ou em trenós puxados por cachorros (dogsled). A cidade, por sua vez, é pequena, tem cerca de 30 mil habitantes e fica esparramada em uma área plana às margens do Rio Yukon. No inverno, durante a temporada de auroras, a neve cobre calçadas e as ruas só são transitáveis por conta das máquinas da prefeitura que passam o tempo inteiro para tirar o gelo.