Lisboa não é mais a mesma. Aquela cidade de ares antiquados que parou no tempo se transformou em uma das capitais europeias mais cobiçadas por turistas do mundo inteiro. A cidade passou por uma renovação impressionante. Tudo começou em 1998, com o Parque das Nações uma área com shoppings e prédios futuristas que surgiu a 10 km do centro. O movimento seguiu-se com a abertura de diversas cas...as noturnas na região das docas à margem do Rio Tejo e a restruturação do Cais do Sodré, uma área antes degradada onde surgiram bares e restaurantes transados. Em 2016, foi a inauguração do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia), no bairro de Belém. É claro que a Lisboa clássica, dos eléctricos (os antigos bondinhos), do fado e do bacalhau ainda está lá. O passeio pelo eléctrico 28, aliás, seguindo os trilhos da nostalgia pelas ruas da Cidade Baixa e da Alfama, serve como um tour histórico barato e delicioso. Sentar em uma velha tasca para tomar uma bica (café), tal como Fernando Pessoa costumava fazer no Café A Brasileira, no Chiado, ainda é hábito comum na capital portuguesa. Assim como é comum comer o Pastel de Belém na clássica Fábrica dos Pastéis de Belém, ora pois. Só que pelas ruas da Alfama, quem caminha para o Castelo de São Jorge, na intenção de ver a cidade do alto (e não faltam lugares para isso nessa cidade de sete colinas) vai se deparar com viúvas que vestem-se de preto da cabeça aos pés e jovens punks de cabelos coloridos que passaram a noite entornando todas nos bares do cais do Sodré. É a mudança dos tempos. Lisboa é assim, uma curiosa mistura de tradição e modernidade.