Não é necessário ter qualquer crença para gostar de Israel, acredite. Este pequeno país (equivalente em território a Sergipe) onde 25% da população é de ateus ou agnósticos, oferece uma experiência única, seja pela história dos últimos dois mil anos ainda viva por lá, ou pela paisagem diversa, árida e bela. Mas, se tiver laços com o cristianismo, vai gostar ainda mais. Assim como se suas origens estiverem no judaísmo ou mesmo na fé muçulmana. E lugares como Galiléia, Deserto de Judá, Nazaré, Belém, Mar Morto, Rio Jordão, Lago Tiberíades e muito mais, até então apenas nomes dos livros de história ou da Bíblia, estão ali - reais e palpáveis, para seu especial prazer de turista.
É fim de tarde. Antes de entrar na cidade de Jerusalém, quase como um ritual, grupos de turistas descem de seus carros e ônibus para, diante das portas da cidade, avistando a cúpula dourada do Domo da Rocha, brindarem, com vinho, à vida, à paz e à cidade considerada sagrada por três religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo). Esta cerimônia, informal, pega o turista de surpresa e fatalmente emociona. Estamos diante de uma cidade-ícone, com seus portões e muralhas tantas vezes citados nos textos sagrados. No coração de Jerusalém fica a cidade velha, com seus quatro distritos judeu, armênio, cristão e muçulmano - e os monumentos máximo das religiões.
Você vai ficar boquiaberto diante deste maciço muro de pedras - parte do que resta de uma muralha de grandes blocos de pedra edificada nos tempos de Herodes. Vai reparar na coloração areia (a cor de toda a cidade, por sinal). E vai ver centenas de pessoas encaixarem, nas frestas dessas pedras milenares, bilhetinhos com seus pedidos de saúde, proteção, sucesso. Um ritual indispensável na visita ao Muro das Lamentações, local sagrado dos judeus que ali tem uma área reservada para suas celebrações. Acima deste muro, na esplanada onde um dia houve o Templo Sagrado, fica a maior mesquita da cidade, o Domo da Rocha, sítio sagrado para os muçulmanos, em estilo bizantino, recoberto por azulejos.
para os cristãos em Jerusalém, são obrigatórios:
A Via Dolorosa, o caminho pelo qual Jesus carregou a cruz, quase intransitável tantos são os turistas que querem percorrer o mesmo caminho;
A Basílica do Santo Sepulcro, local onde Jesus terá sido sepultado e, também alvo de incessantes romarias.
Jerusalém conserva as digitais de Jesus Cristo, que ali viveu e morreu. Ainda que o cenário tenha se transformado com o passar dos séculos, seja na sala da Santa Ceia ou no Gólgota, locais que, diferentemente das pinturas que conhecemos, estão agora cobertos por edificações religiosas.
Já o Monte das Oliveiras está mais próximo de como era, há 2 mil anos, com oliveiras milenares, devidamente protegidas entre outras tantas novas. Impossível não meditar ali e em outros tantos lugares que saltam das Escrituras para diante de nossos olhos. Outro lugar imperdível: a Cidade de Davi, escavações arqueológicas de onde se avista a Jerusalém bíblica, numa viagem no tempo, em 4 mil anos de história.
Anote aí: visitar ao mercado armênio, uma das delícias que a cidade oferece. Cerâmicas decoradas, roupas bordadas, velas e cristais e uma porção de suvenires para a alegria dos turistas. E também o mercado Makhane Yehuda com sua incrível variedade de sons, cores, sabores, aromas. Na cidade nova, vários distritos e locais que você vê freqüentemente no noticiário como o imponente Knesset, edifício do parlamento. Mas, andar à toa, pela cidade, pode ser uma experiência única, observando seus moradores de diferentes orientações religiosas. Mas, se estiver interessado em arte, as dicas são o Museu de Israel, Museu de História Natural, Bloomfield Science Museum, Museu do Holocausto Yad Vashem Rockefeller Museum, Bible Lands Museum, Museu de Arte Islâmica, entre outros.
Hebreu e árabe são os idiomas oficiais do país. Mas inglês é a terceira língua, ensinada nas escolas. portanto, não haverá muito problema em se comunicar nessa verdadeira Torre de Babel de culturas. para compras, cartões de crédito são aceitos em toda parte. Ou na moeda local, o New Israel Shekel (NIS) ou simplesmente shekel. O que comprar? Objetos de cerâmica, de madeira (especialmente de oliveira), candelabros, peças de metal, cristais, além das jóias, uma das artes do país. E também produtos de beleza, especialmente aqueles elaborados com a lama medicinal do Mar Morto e outros tantos sais de beleza.
O dia santificado em Israel é o Sabbath e, como parte do cumprimento das regras, os elevadores não podem ser acionados nesse dia. Mas não se preocupe. Não será necessário subir a pé, para seu quarto de hotel. Todos os elevadores são ajustados para funcionar automaticamente aos sábados, sem que seja necessário apertar botão algum.
Com tantas diferentes etnias vindas de mais de 120 países para ali viver, Israel oferece uma ampla variedade gastronômica que vai de fast food sim, tem Mac Donalds por lá - a sushi , comida indiana, chinesa ou restaurantes franceses sofisticados como em qualquer outra parte do mundo. pratos tradicionais? Com certeza: falafel, homus, couscous e muito mais, além de pães e doces maravilhosos. Alguma diferença? Sim, com 80% da população judia, não há carne de porco nos cardápios (também proibida pelos muçulmanos) e nunca se mistura laticínios com carnes. E, no café da manhã, a surpresa do Israeli Breakfast servido nos hotéis com vegetais, saladas, queijos, iogurtes, pães, peixe defumado, ovos, cereais e frutas.
Israel produz vomho há 3 mil anos o Gênesis (20-21) diz que Noé casou e plantou um vinhedo - mas foi no século 19, quando o Barão de Edmond Rotschild deu impulso à indústria, que o vinho local começou a ganhar projeção para hoje constar entre os de nível internacional, segundo a publicação, Wine Spectator. São mais de 200 vinícolas no país de todos os tamanhos produzindo brancos, tintos e espumantes.
Se seu paladar pedir cerveja, tudo bem, porque esta também é a preferência nacional. Além das importadas, o país se orgulha das suas duas marcas locais - Goldstar, tipo chope e Maccabi, estilo pilsen.
Ao norte de Israel, entre o Mediterrâneo e do Lago Tiberíades (também chamado Mar da Galiléia), fica a Galiléia, um dos cenários mais mencionados nos textos bíblicos. Nela está Cafarnaum, palco de pelo menos nove dos milagres de Cristo, terra dos apóstolos pedro, André, Tiago, Mateus, que abriga as ruínas da sinagoga de Jesus citada no NovoTestamento. É por lá também que passava a Via Maris, importante estrada romana, junto à qual fica Cesaréa, com seu belo anfiteatro romano, que pode ser visitado. É tanta informação histórica por toda Israel que será muito útil ter em mãos a Sagrada Escritura para ir lendo, a cada parada, trechos mais significativos do lugar onde você está.
Numa elevação ao norte do Mar da Galiléia, por exemplo, aconteceu o Sermão da Montanha e, a margem das suas águas foi cenário de outras tantas passagens da história de Jesus e seus discípulos. Outra experiência incrível é cruzar, de barco, este lago cujas águas podem ser bem agitadas, e provar, num dos restaurantes à sua beira, o St. peter, um tipo de tilápia típico de lá. E cada vez mais famoso por aqui também.
A Igreja da Natividade fica na praça da Manjedoura. Dentro, está a gruta onde, segundo a tradição, nasceu Jesus. Uma estrela marca o ponto exato onde o nascimento teria ocorrido. Nessa igreja, assim como acontece na Igreja do Santo Sepulcro, várias denominações cristãs compartilham seu controle. Já em Nazaré, a cidade onde Jesus viveu com seus pais, a Basílica da Anunciação tem, no seu interior, uma gruta onde, acredita-se teria acontecido a Anunciação do anjo a Maria e perto dali, a fonte onde Maria ia buscar água.
Depois de tanta informação, que tal uma parada? Bem no centro da cidade se produzem doces maravilhosos à base de amêndoas, pistache e mel, especialidade local. Imperdíveis. Bem perto de Nazaré fica Canaã, celebrizado pelo primeiro milagre de Jesus, o da transformação de água em vinho, numa festa de casamento. Há quem aproveite a ocasião para fazer neste cenário a renovação de seus votos matrimoniais.
Nas águas do Jordão,o principal rio de Israel, Jesus foi batizado motivo principal para muita gente querer fazer ali seu próprio batismo. Há lugares apropriados para isso mas, se esse não for seu caso, o cenário bucólico já valerá a pena. É o Jordão que alimenta o Mar Morto, lugar de incrível beleza, de águas absolutamente azuis, numa região árida, na divisa de Israel com a Jordânia, tendo as montanhas de Golan, cor de rosa, ao fundo. Com índices salinos altíssimos, o Mar Morto, a maior depressão do mundo, é diversão certa porque lá é possível flutuar sentado, além de se besuntar com a lama negra do seu fundo, disputada por suas qualidades medicinais e embelezadoras. Saque sua câmera e faça a foto tradicional coberto de lama ou sentado no mar.Vale a pena.
para onde você olhar, uma paisagem estonteante. Israel surpeende. Como no Deserto de Judá, à beira do qual fica Masada, num penhasco 800 metros acima do Mar Morto. Símbolo de resistência nacional e declarado patrimônio da Unesco, Masada que tinha dois palácios do Rei Herodes (século I AC), foi palco de uma heróica resistência dos judeus contra as tropas romanas. Mas de arrepiar mesmo é assistir, naquele incrível cenário de Masada, às apresentações de óperas durante o Festival que acontece na primavera .
Outro patrimônio da Unesco em Israel é a Cidade Antiga de Acre , disputada por gregos, romanos, bizantinos, cruzados, turcos e também britânicos. Mescla de Ocidente e Oriente, Acre fascina. Seus muros, sua fortaleza, igrejas e mesquitas. Veja a mesquita Al Jazar , os edifícios da Ordem de São João, a cidade subterrânea das Cruzadas, os Banhos Turcos e muito mais.
Também são patrimônios da Unesco, em Israel, a Cidade Branca de Tel Aviv - o Movimento Moderno, Rota do Incenso - Cidades do Deserto do Neguev , Tels Bíblicas (assentamentos pré-históricos)- Megiddo, Hazor, Berseba , Lugares Sagrados dos Bahai em Haifa e na Galiléia, e ainda há outros 20 aguardando confirmação.
porta de entrada em Israel é lá que fica o aeroporto Ben Gurion- Tel Aviv, centro econômico do país, fica às margens do Mediterrâneo e também é chamada de a cidade que nunca para. Sedia uma porção de festivais é famosa por sua Orquestra Sinfônica, praias, esportes e tem uma intensa vida noturna. .À noite, Tel Aviv agita como poucas cidades do mundo. As festas começam tarde, lá pelas 11hs e até mesmo durante o Sabbath o agito não dá trégua. pontos de atração: Museu Bauhaus, a Grande Sinagoga, parque Iarklon e a Cidade Velha de Jaffa.