Viagem para o México







Alegres, simpáticos, divertidos, musicais. Parecidos com os brasileiros, em muitos aspectos, os mexicanos são o melhor cartão de visitas para quem chega ao México, não importa por qual porta de entrada. Ocupando a porção sul da América do Norte, estendendo-se do mar do Caribe ao Pacífico, o México tem as mais variadas e incríveis paisagens , guarda pirâmides maias e astecas, ao lado de arquitetura colonial espanhola, praias badaladas, hotéis de luxo diante de um mar de invejável azul, tudo isso condimentado por uma culinária picante, tequila e muita música. Vamos lá?

Se a viagem começar pela Cidade do México ou Capital Federal, como eles chamam esta que é a segunda cidade mais populosa do planeta, as boas surpresas irão se sucedendo numa divertida e colorida confusão e muitos contrastes. Ali estão, a  2.250 metros acima do mar, cerca de 20 milhões de habitantes e um trânsito caótico. Mas, cheia de contrastes a cidade também exibe arranha céus modernos ao lado de  edificações coloniais e belos e relaxantes parques como o  Alameda e o Chapultepec (onde fica o zoológico) ou o Xochimilco.

O nome é complicado, como tantos outros, no México. Mas o passeio é divertido. Xochimilco é um parque ecológico com lagos, pântanos e canais que servem de abrigo para aves migratórias e outras espécies da fauna Nesses canais é possível navegar (os astecas já faziam isso por lá) em  barquinhos coloridos  que se cruzam, com turistas, mariachis, vendedores de comidas típicas e artesanato a bordo.  No melhor jeito mexicano de ser, músicos mudam de barco, turistas petiscam aqui e ali, com a alegria e descontração que o México oferece.

 

No centro histórico

É também na cidade do México que fica a quarta maior praça do mundo, El Zócalo, também chamada Praça da Constituição, onde funcionava, até o século 16, o centro político e religioso da capital do Império Asteca, o povo que desapareceu com a chegada dos espanhóis. Dessa imensa praça, criada sobre o aterro de um lago,  partem todas as ruas do centro histórico é um bom ponto inicial de uma caminhada  para ver belos exemplares da arquitetura colonial, como a imensa Catedral Metropolitana ou Basílica de Guadalupe,  edificada sobre as ruínas do Templo Maior, dos Astecas. Iniciada em 1572 só foi ficar pronta quatro séculos depois e, exatamente por isso acabou misturando vários estilos arquitetônicos.  E uma curiosidade: logo na entrada da igreja é visível um desnível conseqüente da instabilidade do terreno e que pode (assim como em outros lugares da cidade) dar a impressão de estarmos sentindo tonturas. É no Zócalo também que fica o Palácio Nacional, sede da presidência, decorada com murais do internacionalmente famoso  Diego Rivera marido da igualmente famosa Frida Kahlo, cujo museu - instalado na casa em que a artista viveu e morreu -  é outro ponto obrigatório na capital mexicana.

 

Astecas, maias e muitos outros

Visitando o Museu de Nacional de Antropologia , um dos mais importantes do mundo, é possível entender de forma clara como foi formado o povo mexicano. Ali estão  em doze galerias organizadas por civilizações e regiões, os vários povos do período pré hispânico: maias, toltecas, olmecas e astecas. Uma das peças mais interessantes do museu é a Pedra do Sol, que muitos chamam de pedra do calendário, uma escultura circular onde cada entalhe marca o início do mundo asteca e também seu fim. No museu também está a representação de Teotihuacan, a cidade das pirâmides e de como eram feitos esses monumentos que ganhavam uma nova camada a cada 52 anos, representando uma nova era.

 

Teotihuacan

Depois de visitar o museu ficará mais fácil percorrer este magnífico sitio arqueológico que fica a cerca de 50 km da cidade do México. Fundada antes da era cristã, Teotihuacan chegou a ter quase 200 mil habitantes, os teotihuacanos, anteriores aos astecas a quem teriam ensinado técnicas de construção de pirâmides e o comércio. O apogeu da cidade foi por volta do ano 500 para desaparecer dois séculos depois. Ainda que não se saiba exatamente a história desse povo, valerá muito a pena caminhar por entre templos e pirâmides, pelas ruínas das casas e do Palácio Quetzalpapalotl, um labirinto de templos e residências.  Equipamento básico: sapatos confortáveis, chapéu e protetor solar. A caminhada é grande e as escadarias para chegar ao topo das pirâmides  da Lua e do Sol - exigem fôlego mas as fotos valerão a pena .

 

Comer e beber

Feijão, milho, tomate, abacate, papaia, goiaba, chocolate, baunilha, especiarias e, naturalmente, pimenta. Todos esses ingredientes, nativos do México, espalharam-se pelo mundo mas ainda são a base da culinária local. Provavelmente você já provou  comida mexicana. Achou apimentada? Então prepare-se porque, no México ela é ainda mais picante. Mas extremamente saborosa. Milho, chili, carne de porco e frango dominam as receitas. Na cidade do México assim como em outras localidades do país sempre será possível provar os tacos, as enchiladas , o guacamole, tapas e tortilhas e também pratos à base de feijão preto  como os panuchos (massa recheada com feijão e carne) ou os caldinhos de feijão, acompanhados de cebola, bacon e tortilhas.
Para beber? Cerveja, naturalmente, e há mais de duas dezenas de marcas a descobrir e degustar. E não se esqueça da tequila, destilada do cacto, com o qual também se produz um delicioso e inocente suco.

 

Cancun

Se esta for a sua escolha para começar a conhecer o México, prepare-se para muita diversão. O mar é azul turquesa, límpido e lindo. A praia, de areia branquíssima e super fina, que não esquenta nem mesmo com o sol a pino.  De um lado o mar e do outro a lagoa de Nachupé e, nos 23 quilômetros de extensão desta estreita faixa  de terra, uma centena de belíssimos hotéis, shoppings, restaurantes. Cancun, que sequer existia há pouco mais de trinta anos, foi cuidadosamente planejada para o turismo, oferece diversão 24 horas por dia, um clima de alegria em tempo integral, hospedagem de categoria internacional, culinária para todos os gostos.  A geografia local contemplou os hotéis, muitos deles com duas vistas privilegiadas: para mar e a lagoa, alguns inclusive com campos de golfe. Música, tequila e alegria dominam a vida noturna de Cancun mas, quem quiser sossego, natureza e história, também está no destino certo.
Bem perto de Cancun fica XCaret, parque belíssimo, onde é possível também nadar em rios subterrâneos e finalizar a jornada numa praia escondida, nadando com golfinhos e peixes multicoloridos. Tulum, uma das poucas ruínas maias à beira mar é passeio que também vale a pena, com parada em Xel-Há, outro parque aquático onde se experimenta o contato com a natureza bem de perto. Imperdível mesmo é o passeio a Chichen Itza, um conjunto de ruínas Maias, incluindo uma grande pirâmide.
Os esportes aquáticos são os preferidos em Cancún, especialmente mergulho em locais como Cozumel, um dos paraísos caribenhos para o esporte e também em  Playa Del Carmen, Isla Mujeres, na chamada Riviera Maia (também incluída em muitos cruzeiros marítimos) uma das mais belas regiões do litoral mexicano, facilmente acessíveis a partir de Cancun.

 

Los Cabos e Pacífico

Continuação natural da Califórnia, esta região, do lado oposto do país, entre o oceano Pacífico e o Mar de Cortez, tornou-se recentemente a coqueluche de ricos e famosos. Na chamada Baixa Califórnia os destaque são San José del Cabo e Cabo San Lucas; o primeiro, ideal para quem quer tranqüilidade com o charme de uma cidade colonial e o segundo prá quem quer  muito agito nos bares e na marina. O que fazer além de curtir a mordomia de hotéis de bom gosto? Passeios para ver o Arco de Cabo San Lucas, uma formação natural em forma de arco, Playa del Amor, jogar golfe, passear no deserto ou deliciar-se com as muitas opções de gastronomia .

Na costa do Pacífico ainda estão tradicionais balneários como Acapulco, que foi coqueluche nos anos 50, destino de estrelas de Hollywood e cenário de filmes de Elvis Presley. Na mesma costa também a pitoresca Puerto Vallarta que é também escala em muitos cruzeiros. Tudo isso com muito sol, regado a muita tequila, música e cores vivas.

Mas ainda tem Tijuana, a cidade mais movimentada na fronteira com os Estados Unidos,  e a região do golfo do México e, ao norte do país, os desertos com cactus e largatos , verdadeiros cenários de filmes de cowboy como o de Chihuahua. Cada qual com sua beleza.

 

Compras, dinheiro  e taxi

O Peso é a moeda oficial do México e, embora os dólares americanos sejam aceitos, é melhor ter pesos para as compras miúdas ou usar cartões de crédito evitando problemas de câmbio. Existem características regionais, naturalmente, mas de forma geral, você vai poder comprar em todo o país aquelas mantas coloridas bem típicas, pratos e jarras de cerâmica, objetos de madeira laqueada, jóias de ouro e de prata. Sombreros? Claro que sim, por toda parte. Provavelmente será o mico na sua volta, mas tudo bem porque assim são os turistas. Está cheio de sacolas? Quer um táxi? Então antes de entrar no veículo, combine o valor da corrida. É mais prudente, seja em Cancún, na Cidade do México ou onde mais.