Mas não é só o idioma que nos remete à França. Viajar pelo interior da província de Quebec chega até a confundir a gente. São propriedades rurais que lembram aquelas do interior da douce France, bistrôs, culinária, abadias que produzem licores e queijos imperdíveis. Montreal (lá eles falam Mont Real) é sua maior cidade, cosmopolita, chique, centro de artes, sede de inúmeros festivais e eventos que acontecem todos os anos , do Juste pour Rire, um dos maiores festivais de comédia do mundo, ao prestigiado Festival de Jazz e o Grand Prix de Montreal, a parada gay e muitos mais que animam a cidade, especialmente durante o verão. Montreal é elegante, com arquitetura preservada, em estilo francês, mas também com construções modernas, futuristas. E ainda é a capital gastronômica do país e uma das cidades mais seguras do continente, aspecto que agrada especialmente a nós brasileiros. Mas uma das coisas que impressiona na cidade, são seus parques. Há verde por todo lado. No verão eles são destinos favoritos para piqueniques, shows, festivais e, no inverno, são cenário para esqui e patinação. No Parque Mont-Real, criado por Frederick Law Olmsted , o mesmo designer do Central Park, vale a pena caminhar só para ver vista incrível da cidade. Outros parques: La Fontaine, Jean Drapeau, (onde fica o cassino), Saint Michel (é lá a sede do Cirque Du Soleil), René Lévesque, além do Jardim Botânico, um dos maiores do mundo. Na cidade onde a preocupação em preservar a natureza é imperativa ainda há o Biodrôme, antigo estádio de ciclismo transformado em museu dos ecossistemas mundiais.
A região histórica da cidade é a Vieux Montreal iniciada no século 17, uma área de pouco mais de um quilômetro quadrado, que atrai milhões de turistas todos os anos. Vale a pena caminhar por suas ruas charmosas, com calçamento de pedra, observar os edificações importantes como Notre Dame, ou prédio do Banco de Montreal. Mas o lugar do buchicho é a Praça Jacques Cartier, bem no centro da cidade velha, com seus cafés, músicos e artistas se apresentando por lá. Mas se quiser andar de carruagens, vá até a Place-D'armes que já foi cenário de diversas batalhas e eventos militares enquanto na Place de la Grande-Paix está a lembrança da chegada dos primeiros franceses que ali atracaram seus barcos. Mas ainda tem a Place Royale, a mais antiga da cidade, a Place dês Arts, sede da Orquestra Sinfônica e da Ópera de Montreal. Se estiver com tempo sobrando e o clima permitir, a pedida é uma caminhada ao longo do rio São Lourenço onde há cafés, restaurantes, museus. A temperatura na cidade varia de 9 graus negativos a 21 positivos, no verão. Portanto, nos dias frios, o melhor mesmo será usar a cidade subterrânea, uma das maiores do mundo, com 32 quilômetros de túneis arejados e iluminados que interligam lojas, edifícios e metrô e por onde, protegidas do frio ou da chuva, cerca de meio milhão de pessoas circulam diariamente.