Viagem para Nova Zelândia |
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Uma viagem para o futuro | ||
Quem vai para a Nova Zelândia gosta de pensar que está viajando para o futuro. Isso tem certa lógica. O país está a 15 horas a frente do fuso horário de Brasília. Afinal, o país está do outro lado do mundo. Sim, é longe. São quase 17 horas de voo desde o Brasil. A Nova Zelândia é repleta de cidades modernas que dão exemplos de civilidade e urbanismo. A economia do país é estável, há baixíssimos índices de criminalidade e sua população, em torno de 4,5 milhões de habitantes, desfruta de uma das melhores qualidades de vida do planeta. Não é raro ver, mesmo nas grandes cidades neozelandesas, como Auckland e Queenstown, pessoas andando descalças pelas ruas por pura opção. Faz parte do jeito leve de ser do povo, ou talvez seja apenas a influência constante do mar que cerca o país inteiro. Seja qual for o lugar que você estiver na Nova Zelândia, jamais estará a mais de 200 km da praia mais próxima, que muito provavelmente será uma praia belíssima já que o país é farto delas. E além do litoral, há de tudo um pouco: vulcões, fiordes, glaciares, picos nevados, gêiseres, florestas O arquiteto dos céus estava criativo quando esculpiu as paisagens das duas grandes ilhas que formam a Nova Zelândia: a Sul (mais bela e selvagem) e a Norte (onde estão as principais cidades). A Nova Zelândia é um mundo à parte. O país ficou famoso no mundo inteiro quando serviu de cenário para o filme O Senhor dos Anéis. No Brasil, há tempos é reconhecida como um dos melhores lugares para fazer cursos de intercâmbio de inglês pelos preços em conta dos cursos e pelo baixo custo de vida. Essa é a terra dos esportes radicais. Foi lá que inventaram o hábito de se jogar do alto de pontes com cabos elásticos amarrados às canelas: o bungee jumping, uma mania que o mundo inteiro copiou. A Nova Zelândia conta com boas estradas, malha ferroviária eficiente, comida europeia e hotéis para todos os tipos de bolsos, excelentes vinhos entre outros destaques. De quebra, não exige visto de entrada de brasileiros. O resumo de tudo isso: vale a pena (e muito) atravessar o planeta para conhecer esse surpreendente país. |
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Auckland | ||
Qualquer roteiro pela Nova Zelândia começa por Auckland, na Ilha Norte, por onde chegam os voos internacionais. Não é a capital (a sede do governo é Wellington) mas é a maior cidade, com cerca de um milhão e meio de habitantes. Mesmo assim, é simpática como uma cidade do interior, cheia de jardins floridos e emoldurada por dois vulcões extintos (One Tree Hill e Mount Eden). | ||
A Queenstreet é o lugar para fazer shopping. É lá que estão as lojas de grifes. A Ponsonby Road, por sua vez, concentra restaurantes e os bares mais animados. Para conhecer a cidade pegue o Explorer Bus, o ônibus turístico que permite, com o preço de uma só passagem, entrar e sair quantas vezes quiser, parando nos melhores museus, parques e praias. Se for até a beira-mar, na região do Viaduct Harbour, vai entender porque Auckland é chamada de Cidade das Velas: tem o maior índice de barcos por habitante no mundo. Se quiser entrar no espírito, é só fazer um passeio de veleiro. Já para ter uma vista geral da cidade, suba à torre SkyTower, de 328 metros. Do último andar da torre é possível fazer um insano bungee jumping. Quem viaja com as crianças vai gostar dos bichos estranhos do Zoológico como o panda vermelho e o wallaby, um marsupial parente do canguru. Outra atração importante é o Auckland Museum, que tem um grande acervo de arte polinésia e guarda vestígios da cultura maori. Para curtir uma praia nas redondezas, siga para Piha, a 30 km a oeste da cidade, que é uma das preferidas pelos surfistas. Tem ondas fortes, mas que deixam o mar perigoso para banho. |
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Rotorua, solo fumegante | ||
Em Rotorua, a 240 km de Auckland, o visitante tem o encontro com a alma de fogo da Nova Zelândia. No caminho até lá já é possível ver os vapores surgindo entre as rochas do solo. A medida que você se aproxima da cidade vê mais e mais desses vapores que cheiram a enxofre. Em certos pontos surgem pequenos lagos de águas ferventes e de cores estranhas. A área é de intensa atividade geotermal e foi justamente sobre esse subsolo efervescente que a cidade turística de Rotorua foi erguida. Há cerca de 500 gêiseres nos arredores. Muitos deles podem ser visitados. | ||
As águas sulfurosas das fontes termais em Rotorua também servem para o relaxamento, pois são usadas para encher piscinas de spas e casas de banho. Se quiser provar, vá ao Polynesian Spa, que tem piscinas para crianças e adultos, ou então ao Kerosene Creek, um parque com cachoeiras de águas quentes no meio da mata. Outro lugar legal para conhecer em Rotorua é a reserva Te Puia, onde os visitantes podem conhecer mais sobre a cultura do povo maori, os donos do pedaço antes da chegada dos europeus em 1642. Vale a pena assistir ao kapa haka, uma apresentação de música e dança típica dos maori (famosa pelos jogos de rugby), e provar o hangi, uma espécie de churrasco maori, com carnes e legumes cozidas no calor de fontes fumegantes. Aficionados por aventura podem fazer paraquedismo, descidas de luge (versão local do carrinho de rolimã) e aproveitar um dos melhores circuitos de ciclismo de montanha da Nova Zelândia.
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As cavernas de Waitomo e a cidade dos Hobbits | ||
A 150 km de Rotorua está uma das mais estranhas e misteriosas atrações naturais da Nova Zelândia: as cavernas de Waitomo. A pequena cidade está cheia de cavernas alagadas cujas paredes são forradas de glowworms, larvas que emitem luz por bioluminescência, assim como os vaga-lumes. Os passeios são feitos a pé ou em canoas pelos túneis subterrâneos. O mais conhecido, chamado Black Labyrinth, é realizado na caverna Ruakuri, tem duração de três horas, feito de barco e com direito a nadar em pequenas cachoeiras. Pertinho dali fica a cidade de Matamata, que ficou famosa por funcionar como set de filmagem na trilogia O Hobbit. Os fãs podem visitar o local, chamado de Hobbiton Movie Set, que serviu de locação para os filmes. No passeio guiado, você ouvirá relatos sobre como tudo ali foi criado e ainda poderá entrar em algumas das 44 tocas dos hobbits. | ||
Christchurch e o Monte Cook | ||
A Ilha Sul é bem maior, menos povoado, mais selvagem e muito mais radical. A principal cidade é Christchurch, que conta com cerca de 500 mil habitantes, uma simpática comunidade às margens do Rio Avon, erguida em estilo inglês, e com bondes circulando pelas ruas. | ||
Mas a cidade vem ganhando ares moderninhos, tanto que um dos passeios mais procurados percorre os principais trabalhos de grafite de rua, que fazem parte dos projetos de reconstrução da cidade que sofreu bastante com um terremoto em 2011. O Jardim Botânico é imperdível, com seus jardins cortados pelo rio Avon, onde é possível fazer um passeio de caiaque ou pedalinho. | ||
Já na região de Canterbury você pode esquiar, jogar golfe, pular de bungee jumping, fazer rafting, mountain biking, windsurfe, passear de barco para ver baleias e visitar alguns dos melhores vinhedos do mundo. Tudo em um mesmo lugar. Só na Nova Zelândia mesmo. Desde Christchurch, uma estrada cênica leva ao Monte Cook, o mais alto do país, com 3.754 metros, margeando um lago azul. No sopé da montanha está a vila de Mount Cook, base para explorar os alpes do sul neozelandês. Há várias trilhas de caminhada começando próximas à vila, todas com cerca de 3 horas de duração. Excursões de barco ou helicóptero levam ao Tasman Glacier, a maior geleira da Nova Zelândia, com 27 km de comprimento. | ||
Wanaka e a neve dos alpes | ||
A 250 km ao sul de Mount Cook está o principal centro de esqui da Nova Zelândia. Em 2012, a edição americana da revista National Geographic destacou a cidade como um dos melhores destinos de esqui do mundo. A cidade pequenina, com apenas 5 mil habitantes, reúne pistas de altíssimo nível, em estações como Cardrona Alpine Resort, Treble Cone e Snow Farm. Já no verão, a região atrai com as caminhadas nas montanhas, escaladas e paraquedismo. Nos lagos da região são oferecidos atividades como pesca esportiva, canoagem e passeios de lancha. | ||
Esportes radicais em Queenstown | ||
Queenstown é considerada a capital mundial dos esportes radicais. Tem tudo o que os viciados em adrenalina mais sonham, de passeios em pequenos aviões que fazem insanas acrobacias aéreas até o célebre jet boating (barco a jato). O salto alucinante da ponte Kawaru, que liga dos penhascos separados por um rio estreito, atrai viajantes de todas as partes do mundo. Foi o primeiro lugar do país a oferecer o bungee jumping. | ||
A cidade, porém, também oferece passeios bem mais tranquilos, especialmente às margens do Lago Wakatipu, que é cheia de bares e restaurantes com mesas ao ar livre. É o melhor lugar para degustar uma taça de vinho e se juntar aos locais para curtir um happy hour. De Queenstown partem excursões que viajam para o Parque Nacional de Fiordland. É lá que está o fiorde Milford Sounds (o mais visitado) que paira sobre um límpido espelho-d'água; e o Doubtful Sounds (o mais profundo com paredões de até 420 metros de altura), em cujas águas vivem golfinhos, focas e pinguins. O parque ocupa uma imensa área da Ilha Sul, equivalente ao do estado de Alagoas e oferece cerca de 500 km de trilhas, entre elas Milford Track, considerada uma das mais belas trilhas do mundo, para ser realizada em cinco dias de caminhada. Já a Kepler Track é uma rota circular para ser realizada em quatro dias de caminhada. Outra porta de entrada para conhecer a região do parque nacional de Fiordland é a cidade de Te Anau, a 190 km de Queenstown, de onde saem passeios de barco e voos panorâmicos pelos fiordes. Encontrará também um frigobar de cortesia na sua suíte. Também oferecemos serviço de alimentos e bebidas no quarto 24 horas
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