Já pensou em visitar um sultanato? Se sim ou se não, ao conhecer as peculiaridades de Omã é bem provável que você terá incentivos de sobra para viajar ao país, situado na parte Sul Oriental da Península Arábica.
A capital, Muscat (ou Mascate), localizada na antiga zona do porto, é onde está o palácio do sultão o luxuoso Al-Alam, circundados por jardins simplesmente fascinantes, e também a Grande Mesquita, símbolo do renascimento do país retratado em mármore.
Os bairros Mutrah e Ruwi formam o centro do sultanato. Mutrak é o mais importante bairro residencial e comercial da zona do porto, e onde está localizado um dos mais coloridos, animados e antigos souks (mercados) do país.
O souk de Mutrak é um labirinto de vielas antigas, cobertas por tetos de palmas e iluminadas por lamparinas, onde são comercializados objetos de prata, jóias, tecidos e uma enorme variedade de produtos. Nos arredores estão os mercados: do peixe, das especiarias e das frutas.
A área comercial moderna é em Ruwi, onde está o Museu Nacional, com mostras da arte e do artesanato omaniano; e o Sultans Armed Forces Museum. Este museu, dedicado às forças armadas do sultão, expõe acervo que reúne materiais sobre as principais ocorrências históricas em Omã.
Uma coleção importante de obras de arte islâmica pode ser apreciada no Museu de Omã, que reúne vários documentos sobre estaleiros navais, o islamismo e a arquitetura dos fortes da cidade.
Também, visitar o sultanato de Omã dá oportunidade para conhecer uma interessante solução ali adotada para criar água no deserto. Numa iniciativa conjunta com a Mitsubish, o sultanato leva avante um projeto que tem como base a coleta da umidade das brisas marítimas, aprisionando-as em uma espécie de malha especialmente desenvolvida para tal.
Armazenada em um reservatório, a água criada é utilizada para irrigar mudas de vegetação plantada no deserto. Instalada nas montanhas de Al Qara, a malha tem três metros de altura e 20 metros de largura, permanecendo suspensa perpendicularmente ao sentido percorrido pelas brisas. A expectativa dos parceiros no projeto é a de que esta técnica - relativamente simples, criada pela canadense Fogquest (empresa sem fins lucrativos), possibilite alimentar as mudas plantadas no deserto até que elas alcancem a idade de exercer a função por conta própria.
Uma vez em Omã, você terá vista para o Mar da Arábia, o Mar de Omã e o Golfo Pérsico, estes dois últimos ligados pelo Estreito de Hormuz, controlado pelo sultanato. Este Estreito é a porta de entrada para todos os navios vindos do Oceano Índico e do Mar Arábico.
Descobertas arqueológicas sugerem que na localidade de Al Wattih, em Muscat tida como um dos primeiros lugares habitados do planeta, há dez mil anos (pré-história, idade da pedra lascada) já viviam seres humanos.
O sultanato pretende oferecer ao turista maior ganho em comodidades e atrações, por isto está trabalhando para aumentar o número de visitantes, dos três milhões atuais (2012), para 12 milhões, até 2020.
Para tanto, colaboram as atrações naturais que já estão lá há muito tempo, como o Mar Verde, com suas águas cálidas, e as belas montanhas que atraem cada vez mais alpinistas. Somadas aos demais atrativos naturais, as belas montanhas de Omã devem colaborar para que o sultanato logo se sobressaia entre os destinos de ecoturismo.
Os turistas que chegam a Omã por navio, ao desembarcar logo encontram a avenida que dá saída para a cidade, repleta de pequenos hotéis, lojas, restaurantes e o Mutrah Souk, onde há muito de tudo para comprar.
Especiarias e frutas secas são os produtos que mais atraem aos que visitam o Mutrah Souk, mas há muito mais ali, de tecidos a tapetes, de incensos a jóias, de peças decorativas a roupas e calçados.
Entre os passeios em Omã, um dos mais interessantes é o Museu Bait Al Zubair, que tem anexo uma moradia omanense tradicional, e junto dela uma cafeteria modernamente decorada. Além do café, a casa comercializa doces típicos, como o Omani Halwa, bala gelatinosa feita com açafrão, cardamomo (gengibre), amêndoas e açúcar mascavo.
Quem visitar Omã durante agosto a abril poderá assistir (e até participar) a uma corrida de camelos. A partir de outubro e também até abril, é o melhor período para quem tem como objetivo praticar alpinismo em Omã a preferência de quem vai tem recaído sobre as chamadas Torres de Wadi Al-Ghool, na região de ADakhliyah. É uma boa época porque a temperatura (entre 18 e 35 graus) é mais amena do que no período do alto verão.
Multiplicam as atrações naturais de Omã as muitas cavernas existentes na região de ASharqiyah. Nela está a Majlis Al-Jinn, uma das maiores cavernas do planeta, mas explorá-la é somente para quem é bem experiente.
Os comuns mortais não ficam de fora da experiência de visitar uma caverna, se bem que em outros lugares. Por exemplo, na região de Dhofar fica a Teiq Cave, com estrutura para receber visitantes e que possibilita incursões na caverna mesmo para quem jamais pisou em uma delas, incluindo crianças.
Participar de um safári no deserto também é um dos programas possíveis em Omã. Entre os lugares que proporcionam esse tipo de passeio está Wahiba Sands (ou Sharqiyah Sands). Ali há programas bem interessantes, como passear acomodado na corcova de um camelo ou deslizar de sandboard por dunas de até 200 metros de altura. Há programas de um dia, com ou sem jantar, e também os que incluem pernoite no deserto, em acampamentos beduínos.
Em Omã há bons restaurantes internacionais, mas o foco aqui são as especialidades servidas pelos restaurantes típicos do sultanato, que não difere, em muito, daquelas que, de forma geral, fazem a culinária da cozinha árabe.
Há que aproveitar os passeios para saborear, por exemplo, o assado de ovelha em forno a carvão, a carne bovina frita sobre rochas, estufado de tomates e outros pratos típicos. As carnes, normalmente, são servidas com vegetais e, não raro, o serviço inclui cebolas fritas. Tudo temperado com várias especiarias, do açafrão e o gengibre ao exótico zaatar (mistura de orégano, alfavaca e gergelim).
As sopas são também habituais na cozinha omanense, feitas com caldo de carne ou de feijão. Várias receitas levam alcaparras e há, entre tantas e tantas variedades, a sopa de ervilhas e cogumelos. Quem aprecia pão terá em Omã um paraíso. São dezenas de tipos, além do tradicional redondo, para comer ao natural, com pastas (de grão de bico, entre outras) ou como sanduíche de peixe ou frango.
Os doces são igualmente apetitosos, desde os cristalizados aos biscoitos que derretem na boca. O café é uma bebida muito consumida em Omã, usualmente acrescido de gengibre moído, enquanto o leite acompanha o chá, aromatizado com menta. Bebidas alcoólicas são raras em Omã