O surpreendente Continente Africano tem no Quenia um dos seus mais atrativos destinos turísticos. Por exemplo, no Sul do país, próximo a Mombaça, está Diani Beach, uma das mais belas regiões praianas daquele Continente.
Diani Beach proporciona dar bons mergulhos, nadando ao lado de tubarões baleia, que são inofensivos para o homem. Também, dá oportunidades para apreciar o balé dos golfinhos e alugar barcos para pescar em alto mar, com a companhia de marujos guias. A temperatura média local é de 30 graus, durante o ano inteiro, enquanto maio e junho são, habitualmente, meses em que mais chove, na região.
Uma dica: após curtir as praias de Diani Beach, dali mesmo é possível sair para um safári, tendo por destino, por exemplo, o Tsavo National Park, para apreciar elefantes, girafas e chetas (uma espécie de leopardo) em seus habitats naturais.
Inúmeros resorts de luxo, com praias particulares, ocupam a costa queniana, oferecendo conforto e sofisticação aos visitantes do país, a antiga colônia britânica que tem Nairobi como capital.
No Quenia, somam-se a Nairobi sete províncias: Central, Coast, Eastern, North Eastern, Nyanza, Rift Valey e Western, onde vivem 34 milhões de habitantes, dos quais por volta de 75% em regiões rurais. São línguas oficiais o kiswahili e o inglês, contudo, há vários dialetos comumente utilizados pelos nativos.
Observar os grandes animais africanos como elefantes, leões, búfalos e guepardos é programa a realizar nos parques nacionais do Quenia, entre eles os existentes na região de Rift Valley of Northern, habitada pelo povo Samburu.
Em si, conhecer o povo Samburu e seus costumes já é instigante. Intimamente relacionados com os Maasai da África Oriental, os Samburu, que são seminômades, falam um idioma (o Samburu) derivado do Maa, ao qual muito se assemelha.
Pastores de gado leiteiro, ovelhas, cabras e camelos rebanhos que têm extrema importância para a cultura e o modo de vida desse povo, os Samburu são absolutamente dependentes dessa atividade. Alimentam-se principalmente do leite e, em ocasiões especiais, do sangue das vacas, que é coletado a partir de pequenas incisões na jugular do animal, imediatamente fechadas com cinzas quentes. Os Samburu comem carne somente em ocasiões especiais.
Os safaris pelos parques da região e a estadia em lugares exóticos, sempre realizados sob acompanhamento ou atendimento por integrantes das tribos Samburu, consistem em formidáveis experiências e são fontes de muitas histórias para contar.
Sarara Tented Camp Um acampamento formado por tendas de luxo, construídas a partir de materiais encontrados na região do Rift Valley. O acampamento dá vista para um lugar repleto de pássaros de diferentes espécies.
Koija Starbeds Lodgs Trata-se de um lodge eco-friendly (termo para indicar um lugar que existe levando em conta a conservação e o respeito à natureza, com acomodações a céu aberto). A partir do Koija é possível fazer safaris a pé e visitar comunidades dos Samburu.
Il Ngwesi Lodge Seis chalés individuais reunidos sob o conceito award-winning eco-lodge, que na forma simplista de explicar se diferencia do lodge eco-friendly por oferecer maior conforto, como, por exemplo, chuveiros individuais, porém, instalados ao ar livre, como ocorre no similar mais rústico. A área do entorno do Ngwesi pode ser explorada a pé, por camelo ou por safari neste caso, para visitar lugares mais distantes do acampamento.
Maralal Camel Safari - No coração da região que abriga os Samburu, um programa muito apreciado é o Maralal Camel Safari, com a duração de sete dias e o acompanhamento de nativos Samburu.
A capital do Quenia, Nairobi, que vem crescendo sem prévia ordenação, é uma cidade moderna com reflexos coloniais, presentes em construções remanescentes. Tem a conformação de um triângulo retângulo, marcado pelo Rio Nairobi, a Haile Selassie Avenue e a Uhuru Highway.
Os hotéis de luxo, cinemas, teatros, o comércio importante, locais para lazer estão localizados no centro do triângulo. Para chegar até esse centro nervoso da cidade o caminho é pela imponente Avenida Kenyatta, onde, entre outros endereços úteis para as compras está o African Heritage, onde são comercializados produtos típicos de todos os lugares do Quenia.
No contexto da Kenyatta fica a Wabera Street, onde está localizada a Biblioteca MacMillan com a entrada guardada por dois magníficos leões de pedra, edifício neo-clássico datado de 1928.
Na Wabera está também o Grindley, edifício de tijolo mais antigo de Nairobi; e o Thorm Tree Café, onde é aconselhável pedir um tentempié (lanche leve, para saborear entre uma e outra refeição), enquanto se observa e lê os inúmeros recados deixados por visitantes, apensados nos espinhos da acácia que enfeita o ambiente.
Em frente à Wabera está a Kimathi Street, e nela inicia a Avenida Moi, outra grande artéria da capital queniana e, bem próximo, a Rua Standard, onde está a Galeria Watsu, com exposições que reúnem temas africanos.
Na Praça da Cidade (City Square), em Nairobi, é importante visitar o Palácio Internacional de Conferências Quenianas, porque ele tem uma torre com plataforma, de onde se avista toda a cidade, o Monte Quênia e até mesmo o Kilimanjaro, que ocupa terras ao Norte da Tanzania, região fronteiriça ao Quenia.
É na City Square onde estão vários dos lugares de interesse dos visitantes, como o Mausoleu Kenyatta, a Catedral da Sagrada Família e o Parque Uhuru. Trata-se de um parque recreativo junto ao Centro de Nairobi, com lago artificial e bonita paisagem, porém, é também local de manifestações. Antes de programar visitá-lo, é aconselhável certificar-se sobre o que está previsto para o local.
Fachadas brancas, cúpulas e minaretes destacam-se na fachada da belíssima Mesquita Jamia, também no Centro de Nairobi. As visitas devem ser programadas para após as horas dos cultos muçulmanos, e respeitadas as normas. Caso contrário, não é apreciada a presença de turistas.
Em frente à Mesquita Jamia está o Mercado da Cidade, desenhado em 1930 para ser um hangar. O ambiente é alegre e as compras acontecem depois das pechinchas. Próximo dali fica a Rua Biashara, com casas no estilo colonial e intenso comércio de tecidos. Ao final da Biashara está a mesquita Khoja e os Jardins Jeevanjee, onde habitualmente apresentam-se artistas de rua.
Seguindo na direção Norte chega-se ao Museu Nacional, um dos pontos mais atrativos de Nairobi. Ali, um sistema de dioramas antecipará muito do que pode ser visto da fauna e flora do Quenia.
Dioramas são cenas pintadas sobre tela de fundo curvo, simulando contorno real e provocando ilusão de profundidade e de movimento, dando a impressão de tridimensionalidade. As técnicas apresentam visão realística de uma cena ampla, num espaço compacto. Assim que, no Museu Nacional do Quenia, em Nairobi, espaços compactos mostram ao vivo e em seus habitats, a fauna e a flora quenianas.
Ainda, o Museu Nacional do Quenia expõe vestimentas, ornamentos e máscaras cerimoniais que auxiliam a compreensão acerca das diferentes culturas que povoam o país. Há também uma galeria dedicada à cultura Suaíli, etnia predominante nas regiões costeiras e ilhas do Quenia.
Presumivelmente, o povo Suaíli tem como antepassados os Bantos, que ao final do primeiro milênio da nossa era ocuparam o litoral oriental africano e ali introduziram as atividades agrícolas e pecuárias, bem como a técnica da metalurgia. Vale também visitar o Jardim Botânico de Nairobi e a Estrada do Rio, um reduto que mistura as várias culturas quenianas e um dos bairros do país onde há maior animação.
Passear em Mombaça é descobrir resquícios de uma época que remonta ao século XI, quando foi fundada. É uma ilha de coral, com cerca de 15 km2, de grande importância para a economia do Quenia, tanto como centro turístico, como zona portuária.
No porto há vários hotéis, clubes náuticos e as mesquitas Mandhry e Basheik, construídas sobre alicerces assentados ainda no século XI. O próximo passeio pode ser a Mbaraki, para visitar o Mbaraki Pilar, túmulo que constitui uma coluna de pedra com acabamento em gesso e coral e é um dos símbolos da cidade.
Também emblemático em Mombaça é a Fortaleza de Jesus, construída pelos portugueses em 1593, cujo interior, assim como as muralhas encontram-se em excelente estado. Na cidade, destaque ainda para os bastiões, o depósito de armazenagem de água, a coleção de tijolos das olarias da Costa queniana, os restos do histórico barco Santo António de Tanna e a Omani Arab House, casa otomana do século XVIII.
Gastronomia A mistura de culturas que fez o Quenia nascer é responsável pela grande variedade de pratos típicos servidos nos restaurantes do país. A grande maioria deles funciona com apoio da estrutura herdada da época da ocupação britânica, que também deixou suas marcas gastronômicas no país. Onde tal não existe, a peculiaridade fica por conta do trabalho laborial refeições preparadas sob o jeito caseiro.
Em Nairobi, assim como Mombaça e demais cidades importantes do Quênia, entre as quais Lamu e Malindi, os restaurantes típicos têm variedades preparadas com carne de cordeiro, de bovino e de aves de capoeira (equivalendo, por exemplo, a nossa galinha caipira).
O ugali mistura de milho e carne e o arroz com cordeiro são dois dos pratos bem típicos do país. Nas regiões costeiras, a predominância é de iguarias à base de peixes e mariscos. Em cidades como Nairobi e Mombaça é comum encontrar restaurantes hindus, italianos e, principalmente, franceses.