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Viagem para Bem-vindo a Moscou!

A sede do governo russo, a capital do país, o centro do mundo comunista durante décadas continua imponente, grandiosa e até um pouco assustadora. São espaços amplos, avenidas muito largas, monumentos grandiosos e gigantescos edifícios construídos no auge da União Soviética que mostram ainda a força do sistema.
A Moscou de hoje, bastante ocidentalizada nos costumes desde que o primeiro Mac Donalds se instalou por lá nos idos de 1990, com filas gigantescas para provar o sanduíche símbolo do capitalismo, agora tem boutiques e lojas das marcas de luxo internacionais, um trânsito frenético, gente falando o tempo todo ao celular e em demais apetrechos eletrônicos. Mudado o sistema político, o antigo pouco caso com os monumentos religiosos e do tempo dos czares foi substituído pela valorização desses bens históricos. Um exemplo clássico é a belíssima Catedral de Cristo Salvador, templo da Igreja Ortodoxa Russa que se destaca no perfil da cidade com  suas cinco cúpulas douradas. O mais incrível é que a igreja original, erguida no século 19 pelo czar Alexandre I para celebrar a vitória do exército russo sobre as forças napoleônicas, foi completamente dinamitada em 1933 pelo governo comunista para destruir o símbolo imperial. No seu lugar surgiu um piscinão público onde os camaradas nadavam mesmo em condições climáticas desfavoráveis.  O fim do comunismo trouxe de volta, em 2000, a catedral ao mesmo local, numa cópia idêntica à original, com torres douradas e ícones ilustrando fartamente as paredes internas. Aliás, cúpulas douradas é o que não faltam à cidade nas inúmeras igrejas atualmente restauradas, mas o grande e imprescindível cartão postal de Moscou ainda é a Praça Vermelha. Prepare a câmera para a foto clássica com a igreja de São Basílio ao fundo, com suas cúpulas coloridas parecendo uma porção de turbantes. Patrimônio da Unesco, a catedral de uma beleza única, surpreendente, foi erguida a pedido de Ivã, o Terrível, nada menos do que em 1555. No conjunto da Praça Vermelha ainda estão edifícios belíssimos como o Museu Histórico, o portão da Ressurreição e, junto aos muros do Kremlin, tumbas de figuras históricas da revolução bolchevique que descansam próximas ao Mausoléu onde Lênin, o líder comunista, permanece, desde 1924, embalsamado, exposto à visitação pública. Verdade que hoje em dia já não se formam mais as filas gigantescas para visitações, mas ainda impressiona percorrer o mausoléu e ver ali, deitado (sua aparência é extremamente boa, por sinal) a figura lendária de Vladimir Lenin que muitos já quiseram enterrar, mas sem sucesso. Contrastando com toda teoria pregada por Lenin, a poucos passos do seu leito mortal, boutiques de luxo expõem ícones do capitalismo.

 

Kremlin

Sinônimo do poder russo, uma vez que abriga dentro de seus muros a sede do governo, o Kremlin surgiu como uma fortaleza na formação da cidade e tem existência comprovada desde 1331. O conjunto arquitetônico abriga três catedrais ortodoxas numa única praça, cenário da coroação de czares, muitos deles (incluindo Ivã, o Terrível e seus filhos) enterrados ali mesmo, na Catedral do Arcanjo. Reserve um bom tempo para percorrer o Kremlin porque há muito o que ver como a Sala das Armas  com salões repletos de peças de ouro e prata tipicamente russas, vestidos usados nas coroações e preciosos ovos Fabergé feitos sob encomenda para a czarina. Na verdade são vários os museus do Kremlin onde a pompa e circunstância dos czares ainda estão presentes nas roupas dos patriarcas ortodoxos, de czares, czarinas, suas coroas e carruagens espalhados pelas edificações e, em cada uma, ricas surpresas. Como o Fundo de Diamantes, um inacreditável depósito de diamantes e ouro na forma de jóias ou pedra bruta, expostos em salas com iluminação especial e, obviamente total segurança. Fotografar, no Kremlin, só nas áreas externas, mas valerá a pena porque as sequência de cúpulas douradas, os recortes da arquitetura, sinos, armas darão ótimas fotos. Onde fica o todo poderoso presidente russo? No Grande Palácio do Kremlin, erguido para ser residência dos czares, no século 19, que só poderá ser visto de fora e a uma certa distância. Completando o conjunto cercado pelos inconfundíveis muros vermelhos e suas vinte torres de proteção, um teatro, dedicado especialmente a espetáculos de balé.

 

Luxo socialista

Sinais do tempo do comunismo são visíveis nos grandes edifícios cinzas que ocupam as avenidas que correm paralelas ao rio Moscou. Tudo pensado no transporte público do início do século 20 mas que hoje estão congestionadas pela exuberante frota de carros particulares. O metrô de Moscou, também  erguido no auge do comunismo é, em si, um espetáculo de arte e luxo com  estações revestidas com piso de mármore, arcos decorados em ouro, mosaico e vitrais e grandes candelabros que mais parecem galerias de palácios. Se arte for seu interesse então a dica é o Museu de Arte Moderna, o Museu do Estado, o Museu Pushkin, com uma bela coleção de impressionistas e o Teatro Bolshoi, para espetáculos de dança.

 

Por perto

Anel de Ouro é um grupo de cidades com valor histórico, ao redor de Moscou e Sergiev Posad é uma delas. Esta pequena aldeia nasceu ao redor do monastério viveu de São Sergio, o padroeiro da Rússia. Aqui é onde os ortodoxos vão para cumprir seus rituais religiosos e a devoção pede respeitoso silêncio quando se entra nas igrejas escuras e rescendendo a incenso, paredes cobertas de ícones. Se sua preferência for pelo luxo palaciano, então o lugar é Kuskovo, com seu palácio estilo francês, do século 18, com jardins, estufas de flores, lagos e ainda a coleção de porcelanas originais.

 

Vodca

Uma vez na Rússia, vodca é fundamental. Quer viver uma experiência divertida? A dica é visitar o Museu da Vodca, em Moscou que tem uma coleção de mais de 600 garrafas da bebida que há séculos aquece o inverno russo (e anima os verões, também) feita à base de cevada, trigo, batatas e também milho. No final da visita, é claro, degustação  em uma golada só, ao estilo russo.

 

Bem- vindo a St Petersburgo
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Às margens do rio Neva, Petersburgo ou simplesmente Piter, como é conhecida informalmente, ainda mostra a glória dos tempos imperiais quando foi, por duzentos anos a capital do país. Parada favorita nos cruzeiros que circulam pelo Báltico, muito próxima à Finlândia, a cidade fundada pelo czar Pedro, o Grande,em 1703 , virou Leningrado  durante  o socialismo (1924-1991)  e é, com certeza a mais charmosa das cidades russas. Programa obrigatório por lá: visitar o Hermitage, considerado o maior museu do mundo que abriga uma das mais preciosas coleções de arte do planeta obras de arte, pinturas, esculturas, artefatos, arqueologia, numismática. No mesmo complexo fica o Palácio de Inverno,onde moravam os czares e outros palacetes, testemunhas da opulência imperial,  uma espécie de Versailles russa.

Suntuosa e romântica, cortada por canais, a cidade natal de Dostoiévsky é também e extrema nas temperaturas, com invernos que vão a menos 35ºC e que mantém o rio Neva gelado por mais de 230 dias por ano. A cidade onde Catarina, a Grande, imperou mantém sua tradição festeira com muita diversão noturna, restaurantes e boas compras. 

Existem cruzeiros fluviais que fazem regularmente o trajeto St Petersburgo-Moscou (e vice-versa) parando em cidades do interior da Rússia, uma opção para ver o interior do país entre suas duas principais cidades. Em 2018 a Rússia irá sediar a Copa do Mundo e as duas cidades, naturalmente estão no calendário, somadas a outras onze,entre as quais o balneário de Sochi, nas margens do Mar Negro que, por sinal, nos meses frios vira estação de inverno.


Comendo e comprando

Se estiver de regime, esqueça. Na Rússia, em função do clima, a culinária se desenvolveu à base de comidas substanciosas, de muita carne, molhos condimentados, creme de leite, batatas, repolho, salmão e caviar, naturalmente. Mas é claro que existem restaurantes internacionais e redes de fast food para alívio de muito turista. Russos adoram comprar e, especialmente em Moscou há todo tipo de comércio: dos shopping centers às barraquinhas na rua e, na mala você vai trazer, xales típicos, algum ícone ortodoxo e, com certeza, aquelas bonequinhas típicas, as matrioscas que se encaixam uma dentro da outra. Não sabe falar russo? Não tem importância, até no comércio de rua os vendedores falam ou se esforçam muito para falar inglês. Em todo caso, aí vão algumas palavras básicas, já na versão falada

 

Sim: Da
Não: Net
Obrigado: Spasibo
Por favor: Pazhaluysta
Ola: Zdravstvuyte
Adeus: Do svidaniya  
Bom dia: Dobroe utro
Boa tarde (até as 6): Dobry den
Boa noite: Spokoynoy nochi
Ônibus: Autobus
Metrô: Metro
Aeroporto: Aeroport

Café: Kofe
Chá: Chai
Suco: Sok
água: Voda
Cerveja: Pivo
Vinho: Vino
Passaporte: Passport