Em perfeita harmonia, França e Holanda dividem esta bela ilha no meio do mar do Caribe de azul incrível, que fica bonito até em dia nublado. Numa das extremidades, Philipsburg, do lado holandês, a porção mais agitada da ilha, cheia de cassinos e diversões noturnas; e ao norte, Marigot, a capital francesa não apenas na fala mas no requinte e nas grifes famosas.
St Martin ou St Maarten, dependendo do lado em que você está, fica na região onde as chamadas Pequenas e Grandes Antilhas se encontram. Cada lado tem sistema de governo próprio, diferentes idiomas, capitais e moedas. E não há sequer uma fronteira visível entre elas. Se por esta curiosidade a ilha já merecesse ser visitada, ainda tem a natureza pródiga que ali colocou praias de areia branquíssima e também imponentes falésias, tudo rodeado de um mar azul de várias nuances, um dos muitos paraísos do Caribe descoberto por Colombo, batizado em honra ao dia de São Martim.
Como em tantos outros destinos caribenhos, também nesta ilha espanhóis, holandeses e franceses se alternaram na posse do território que antes pertencera aos índios Arawak; às cores da população européia-caribenha juntaram-se mais de 70 nacionalidades, dando a ela características bem peculiares.
Em Phillipsburg, a capital holandesa, fica o porto onde ancoram grandes navios de cruzeiros e os turistas, aos milhares, (especialmente americanos, canadenses e europeus) desembarcam em busca da boa vida, boa comida e praias belíssimas que este destino oferece. Há quem considere St Martin a capital gastronômica do Caribe, plenamente justificável pelo número de restaurantes - mais de 400 neste pequeno território de 95 km² O que se come por lá? Bom, com tantas nacionalidades, encontra-se um pouco de tudo. Culinária internacional, ao lado de gastronomia francesa amanteigada e sofisticada, naturalmente, várias modalidades asiáticas com destaque para indianos, tailandeses, até mesmo churrasco argentino. E também a cozinha creole, a mistura de sabores caribenhos de doçura apimentada e onde reinam os peixes, lagostas, frutos do mar. Não quer nada disso? Então pode optar por hambúrguer e batata frita amplamente disponível por lá para atender aos desejos dos turistas norte-americanos, a grande maioria deles. Para beber? Bom, cerveja é o que não falta, qualquer que seja o lado, holandês ou francês. Neste último os vinhos made in France também são sucesso.
Águas translúcidas e sempre mornas e com clima de verão o ano inteiro, (as temperaturas de inverno são de 28ºC) convidam para a praia e há nada menos do que 37, de várias formas e tamanhos, à disposição do turista. A mais famosa delas é Maho Beach, não exatamente por ser melhor do que outras embora bonita, com águas azul turquesa e areia super branca . Sua principal atração é estar bem pertinho da pista do aeroporto internacional Princess Juliana e a diversão é esperar pelas grandes aeronaves que descem muito perto da praia dando a impressão de que basta estender o braço para tocar no avião. E como bom turista, câmera na mão, para fazer um filminho e mostrar em casa ou no Youtube!
Já Mullet Bay, com orla de coqueiros, do jeito que se imagina o Caribe, é uma das mais bonitas e charmosas de toda ilha e imperdível no por de sol. Já quem gosta ou quer apenas viver a experiência do nudismo, a praia mais badalada na categoria roupa opcional é Orient Bay, no lado francês, uma das mais populares da ilha e de todo o Caribe; mas esta praia também tem setores para quem não é naturista; também é uma praia para a prática de esportes como jetski, caiaque, pára-sail, wind surf. Simpson Bay, de águas calmas, boas para praticar snorkel e caiaque, é a boa para famílias, enquanto a Dawn Beach é popular pelas barraquinhas à beira mar. Copcoy Beach é outra praia popular, na fronteira dos entre St Martin e St Marteen e também a Great Beach, próxima a Philipsburg.
Não bastassem todas as praias de St Martin/St Maarten, uma opção bem bacana para passeio de um dia é visitar Prickly Pear, uma praia paradisíaca na costa oeste da vizinha Anguilla e também St Barths, o paraíso do Jet set internacional, tudo muito próximo e acessível com barcos que fazem estes trajetos regularmente.
Como é fácil imaginar, as águas transparentes de St Martin/St Maarten, convidam à prática de todos os tipos de mergulho, com visibilidade a mais de 5 metros de profundidade (pode chegar a 20 metros) com condições ideais para observar corais, cardumes multicolordos, naufrágios, cavernas. Esqui aquático, parasail, jetsky são atividades disponíveis na maioria dos hotéis e resorts e os melhores pontos para wind surf ficam do lado francês da ilha, a leste, onde há uma combinação de águas calmas e vento.
Nesta que foi, como tantas outras, uma ilha freqüentada por piratas, a lembrança dos tempos dos bucaneiros é revivida num passeio a bordo de veleiros como o Lord Sheffield, que parte no por do sol para uma festa com clima de aventura, e com direito a comidinhas e, naturalmente, bebidas. E qualquer que seja o lado da ilha, é sempre possível fazer trilhas e cavalgadas nas praias, aliás, uma das atrações da ilha.
Quando se cansar do sol, da praia, dos esportes, o programa em St Martin ou em St Marteen é ir às compras e isso é o que não falta por lá. A ilha toda é um porto livre. Do lado holandês, Front Street, Back Street e Old Street são verdadeiros shoppings de produtos de luxo a céu aberto e, do lado francês, imensos shoppings de cosméticos, além de lojas das mais famosas griffes francesas são disputadíssimos pelos turistas. Na qualidade de porto livre de impostos, a ilha oferece uma ampla variedade de produtos eletrônicos, fotográficos, relógios e jóias que arregalam os olhos dos turistas. Também é um dos melhores lugares do Caribe para comprar charutos e provavelmente o único onde adquirir Guavaberry, licor típico de St. Maarten que, dizem ser afrodisíaco. Mas ainda há compras mais econômicas como chapéus e bolsas de palha, cerâmica e artesanato local.
Francês e holandês são os idiomas oficiais, além do papiamento, o dialeto caribenho que mistura vários idiomas, mas inglês é amplamente falado na ilha. O Euro é a moeda oficial do lado francês e o Florim, (Netherlands Antillean Florin NAFL) também chamado de guilder, é a moeda da porção holandesa. Mas dólares americanos são aceitos em todos os lugares e com cartões de débido/crédito, não haverá problema algum.
Um pouco européia e muito caribenha, neste pequeno território existem resorts e hotéis muito bem estruturados para o turismo e 14 cassinos que são a festa dos mais de um milhão de turistas que vistam esta Las Vegas do Caribe, a cada ano. Mas a noite bomba não apenas nas mesas de jogo, como também nas muitas casas noturnas, a maioria delas do lado holandês, com muitos ritmos rolando a noite toda.