Nenhum deles, porém, é maior do que as famosas Linhas de Nasca, que até hoje ninguém sabe bem ao certo o que são e por que foram feitas. Os desenhos imensos, rabiscados na areia dura do deserto costeiro peruano, a 450km ao sul de Lima, representam animais (beija-flor, macaco, condor, aranha) e formas geométricas. Só é possível entender a grandiosidade dos desenhos olhando do alto, em sob...revoos de avião monomotor. Para isso é preciso ir ao aeroporto de Pisca em Ica, a quatro horas de ônibus de Lima. Infelizmente, não há sobrevoos saindo da Lima. O passeio aéreo pode durar 60 minutos.

As Linhas de Nasca foram declaradas Patrimônio Mundial da Humanidade em 1994. Arqueólogos até hoje divergem sobre as origens desses geoglifos, que foram revelados ao mundo pela primeira vez em 1939 pelo cientista americano Paul Kosok. Para o arqueólogo suíço Erich von Däniken, autor do polêmico livro Eram os Deuses Astronautas?, de 1968, seriam uma forma de comunicação com seres extraterrestres. A teoria mais aceita, porém, dá conta que as linhas foram feitas entre os anos de 900 a.C. e 600 a.C. e teria finalidades astronômicas para agricultura, ajudando a definir a melhor época de plantio e colheitas. Mas a dúvida persiste: por que foram feitas se só podem ser vistas do céu. Vale a pena conhecer Ica, onde há praias habitadas com imensas dunas em um cenário que lembra o deserto do Saara. Já em Paracas, o mar encontra-se com o deserto e imensas falésias. Um passeio de 45 minutos de lancha leva às Islas Ballestas, um arquipélago repleto de leões-marinhos, pinguins e pássaros