Para os místicos, é um dos principais pontos energéticos do planeta. Para os turistas em geral se trata de uma das sete maravilhas do mundo. A verdade é que Machupicchu fascina a todos, sempre fascinou. Tem sido assim desde os anos de 1960, quando viajar para a cidade sagrada dos incas virou uma espécie de rito de passagem, algo que todo mundo deveria fazer ao menos uma vez na vida. Ir ao Peru, seja de carro, trem ou carona não importasse como contanto que se chegasse lá e, se possível, com uma mochila nas costas e o desejo de viver muitas aventuras, virou um sonho de juventude que atravessou gerações.

Machupicchu, que só foi revelada ao mundo em 1911 pelo pesquisador americano Hiram Bingham, foi erguida com pedras milimetricamente encaixadas umas às outras no topo de um pico vertiginoso em meio a Cordilheira dos Andes. Por conta desse isolamento, em meio a uma geografia inacreditavelmente escarpada, os conquistadores espanhóis nunca chegaram até lá, e justamente por isso mantida intacta. Para chegar a Machupicchu é preciso passar por Cusco, a cidade que foi a capital do poderoso império inca. Hoje é uma das cidades históricas mais belas do continente. Sua Praça de Armas é rodeada por arcadas históricas e adornada por duas igrejas espanholas forradas de ouro. A cidade é cheia de atrativos, com sítios arqueológicos nos arredores (como a Fortaleza de Sacsayhuaman), museus, mercados e ruelas que exibem a curiosa fusão arquitetônica entre as construções incas e espanholas. Os espanhóis aproveitaram os muros de pedras incas para erguer os casarões, o que criou um lugar único em todo mundo.

O mergulho na história e no legado dos incas continua Vale do Rio Urubamba, também conhecido como Vale Sagrado, onde os antigos donos do Peru milenar construíram cidades e cultivaram a terra com a técnica dos terraços agrícolas. As principais cidades são Pisac e Ollantaytambo, que até hoje são ocupadas por uma maioria quéchua, os indígenas que descendem dos antigos incas.